O que foi e já não é.
A falsa promessa da durabilidade.
A realidade que se impõe.
O sonho perdido.
As ruínas arquitectónicas, por esse país e mundo fora, são metáforas para as da vida, de todos e de cada um, que trazemos dentro.
Eu, que sou míope e tenho na História e nas histórias as minhas disciplinas preferidas, sou, naturalmente, fascinada por elas. Mas ultimamente tenho questionado se devo assumir esse fascínio, ou praticar, antes, o presente, a criação, o futuro, a novidade.
Serão estas posições mutuamente exclusivas? Ou poderão as ruínas ser construtivas? Poderei ter o novo, (para) além do velho?
Ao saltar a barreira imaginária que separa o 2014 do 2015, desejei passar, simbolicamente, da ruína para a edificação. Não deixa de ser curioso que uma casa em construção e uma que soçobrou tenham algo de semelhante.
Feliz 2015.