01/11/2014

Da vida

Sentimentos, tão iguais que podiam ser públicos
Em corpos, aparentemente, particulares

Pecados, tão originais, repetidos
Em linha de montagem, como primeira vez

Corações, tão estrondosos, em surdina
Sob as caras cujos olhos não os veem

Mas... estações, passageiras, onde (só) tu sabes estar
Para lá de relógios partidos e horários trocados

Viagem maior, sem sair do lugar
Por dentro e por fora, sempre a mudar

Perspectivas

Rio correndo em sólido leito
Céu soprado a tinta-da-china
Harpa tocada com dedos de vento
Tapete bordado a pé de flor, voador