tag:blogger.com,1999:blog-71673332215323252962024-03-13T18:02:53.693+00:00The living roadyou've travelled this long, you just have to go onthelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.comBlogger30125tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-19726184670042229352018-05-29T18:02:00.000+01:002018-05-29T18:02:29.306+01:00Não te leves demasiado a sérioPode ser da lua cheia<br />
Pode ser do amor<br />
Pode ser da criação<br />
Pode ser da solidão<br />
Pode ser da condição<br />
Pode ser do dia não<br />
Pode ser da química<br />
Pode ser da quântica<br />
Pode ser da semântica<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/--9S52ILKxAM/Ww2HUSod32I/AAAAAAAAAFo/hJEpRFhU6fgHhnzcyBP63-gs8vZXNTuXACLcBGAs/s1600/IMG_20180527_213521.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/--9S52ILKxAM/Ww2HUSod32I/AAAAAAAAAFo/hJEpRFhU6fgHhnzcyBP63-gs8vZXNTuXACLcBGAs/s400/IMG_20180527_213521.jpg" width="300" /></a></div>
<br />thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-25806607101806861922018-05-29T17:53:00.002+01:002018-05-29T17:53:50.178+01:00Que sítio?Que sítio é este, que sítio?<br />
Que me faz sentir coisas que não sei explicar<br />
Que me mareja os olhos de rios<br />
Que me toma de beleza triste<br />
<br />
Que sítio é este, que sítio?<br />
Que me faz imaginar e nostalgir<br />
Que me leva ao sonho a à sua morte<br />
Enquanto uma nuvem encobre o luar<br />
<br />
Que sítio é este, que sítio?<br />
Em cujos vales águas se encontram<br />
Em cujas encostas poetas se debruçam<br />
Em cujas esquinas tempos se cruzam<br />
<br />
Que sítio é este, que sítio?<br />
Que mais parece o meu próprio peito<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-_qdLertce-o/Ww2FU_Gi1yI/AAAAAAAAAFc/dfI_gUY1Nh0XYHIVarZU0avjCrqQAwcPQCLcBGAs/s1600/IMG_20180528_130628.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-_qdLertce-o/Ww2FU_Gi1yI/AAAAAAAAAFc/dfI_gUY1Nh0XYHIVarZU0avjCrqQAwcPQCLcBGAs/s400/IMG_20180528_130628.jpg" width="300" /></a></div>
<br />
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-34659562135132485882018-05-29T17:45:00.000+01:002018-05-29T17:54:08.450+01:00IrÀs vezes basta dar uns passos<br />
Basta apanhar um comboio<br />
Basta atravessar uma ponte<br />
Basta passar um portão<br />
Basta seguir um rio<br />
Basta ir<br />
Pode até ser o destino que nos move<br />
Mas é o caminho que percorremos<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://4.bp.blogspot.com/-0AKUpfyBhfA/Ww2DJr1Y_2I/AAAAAAAAAFI/-rt7yToPuWgH3gxcjfmsQeInpE3O7PwTgCLcBGAs/s1600/IMG_20180527_180926.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://4.bp.blogspot.com/-0AKUpfyBhfA/Ww2DJr1Y_2I/AAAAAAAAAFI/-rt7yToPuWgH3gxcjfmsQeInpE3O7PwTgCLcBGAs/s400/IMG_20180527_180926.jpg" width="300" /></a></div>
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://3.bp.blogspot.com/-uSN_85EGNNc/Ww2DPYrnTWI/AAAAAAAAAFM/Bf8t0ft6XT4XkEgZknNQ_rFP71v62Qn6ACLcBGAs/s1600/IMG_20180527_164941.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" data-original-height="1600" data-original-width="1200" height="400" src="https://3.bp.blogspot.com/-uSN_85EGNNc/Ww2DPYrnTWI/AAAAAAAAAFM/Bf8t0ft6XT4XkEgZknNQ_rFP71v62Qn6ACLcBGAs/s400/IMG_20180527_164941.jpg" width="300" /></a></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-50823593204136885372018-05-29T17:32:00.001+01:002018-05-29T17:32:50.434+01:00Seja o que nos acrescentaTeus olhos<br />
Meus caracóis<br />
Minhas flores<br />
Teu jardim<br />
Minha city of light<br />
Teus gray skies<br />
Meu dark in the middle<br />
Teu bright way of life<br />
Meus braços, abertos<br />
Teu olhar, profundo<br />
Meu terraço<br />
Teu beijo<br />
Minha Alfama<br />
Tua cama<br />
O teu nome<br />
Nos meus lábios<br />
A minha língua<br />
Na tua bocathelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-67839979735035962922016-05-25T23:06:00.003+01:002016-05-25T23:06:39.326+01:00Would you?Would you rather be a window shopper?<br />
Gaze at life behind safe glass<br />
Dreaming of what could if you just would<br />
Paying no money wasting your time<br />
Protecting from pleasure feeling the pain<br />
Knowing the wind by the waving trees<br />
Grasping spring through dressed up mannequinsthelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-83058620833683649212016-02-06T00:35:00.000+00:002016-02-06T00:35:07.208+00:00CarolO barulho de um comboio. Uma grade. Que é chão, respiradouro. É entre o aprisionamento e a evasão que esta história se vive. O balcão para além do qual não se pode passar. O comboio em círculos. O casamento imposto. As visitas condicionadas. A moral instituída. O amor convencionado. Com Carol e Therese olhamos pelo canto do olho, por trás de janelas, por entre flocos de neve, através de uma objectiva. Respiramos por entre as grades da vida. E cumprimos o desejo de evasão em viagem, onde o carro, cujos assentos recebem o espraiar e servem de aconchego, nos levar. Ainda que aquilo a que chamam casa ensombre o rosto e o destino. No caminho, apesar de e para além de, o amor encontra um meio (uma mão encontra um ombro, que encontra outra mão), para logo ser ameaçado com o fim. Mas há algo que nos chama e ao qual temos de atender. Umas luvas deixadas para trás. Um telefonema em suspenso. Uma carta recebida. Um vislumbre através da janela. Uma mão no ombro. Por isso, caminhamos, apesar de todas as ameaças e de todos os medos. Em câmara lenta, como na tv. Para um novo lugar, para uma nova viagem. Para casa.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<a href="https://1.bp.blogspot.com/-LtfBrcK1lU4/VrU-9hd8j2I/AAAAAAAAAEQ/s4GgLqdBxuA/s1600/Making_of_Carol_1_embed.jpg" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="246" src="https://1.bp.blogspot.com/-LtfBrcK1lU4/VrU-9hd8j2I/AAAAAAAAAEQ/s4GgLqdBxuA/s400/Making_of_Carol_1_embed.jpg" width="400" /></a></div>
<br />thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-26900356829329076922016-01-31T01:45:00.000+00:002016-01-31T01:45:20.945+00:00(Eu) Largo<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333;">Mar
alto, camisola folgada, avenida espraiada, céu aberto, horizonte.</span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Lugar
que não (se) contém, mas onde os outros confluem.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Soltar,
deixar ir, deixar correr.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não agarrar,
não segurar, não reter.<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">(Desistir,
não gosto de o dizer. Não insistir, outra maneira de ver.)<o:p></o:p></span></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
</div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<span style="color: #333333; mso-bidi-font-family: Arial; mso-bidi-font-weight: bold; mso-fareast-font-family: "Times New Roman"; mso-fareast-language: PT;">Não
prender. E, por consequência, não perder.<o:p></o:p></span></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-50067978058481257702016-01-24T02:55:00.000+00:002016-01-24T02:55:44.982+00:00Curva e contra a mesma<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Curva do joelho, contracurva cotovelo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Essa brisa-furação despenteia-me o cabelo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Zap no programa, olha o zip do vestido<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Bang-bang coração por sussurrar-te ao ouvido<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Rio da má sorte, menos maré que marinheiro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
E mergulho de cabeça em poliban de chuveiro<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Chapéu já se sabe só sai quando não cai pingo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
E eu não acerto linha quanto mais cartão de bingo<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Humor de perdição, amor meu de encontro ao peito<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Faz ver só qualidades onde o outro acha defeito<o:p></o:p></div>
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
Lentes de paixão, antes míope sempre fosse<o:p></o:p></div>
Confesso o meu amor, era uma vez, já está, acabou-se<br />
<div class="MsoNormal" style="margin-bottom: 0.0001pt;">
<o:p></o:p></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-3769468230401613512016-01-08T21:36:00.000+00:002016-01-08T21:36:21.798+00:00Sinais<div class="MsoNormal">
Fora do teatro, onde a vida se contou em sinais, está o que
lhes dá origem. O homem que escolhe uma peça de roupa como quem procura uma
vida nova que lhe sirva. Os tupperwares que se distribuem por quem tem fome mas
não comida. O abrigo que se imprime no colete e se dá a céu aberto. A porta do
edifício neoclássico que se transforma em baliza de penaltis de vida súbita. Os
táxis que levam para casa quem a tem e para o hotel quem dela temporariamente
folgou. Os grupos que saem de jantares bem regados desmoídos em direcção ao
próximo copo. A árvore que anuncia um nascer a quem dorme pela existência ou
morre um pouco todos os dias. A estrela no seu topo que parece arranhar o céu
escuro monocromático da cidade. Os repuxos da fonte que lembram momentos de
erupção e simultaneamente recordam que o que sobe tem de descer. E em baixo, no
chão, este tapete português onde, não importa o que calçamos, todos andamos.<o:p></o:p></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-86314629228822140022015-10-18T20:20:00.000+01:002015-10-18T20:53:58.919+01:00Verão passadoCaminho na areia<br />
De olhos no chão<br />
Procurando a pedrinha<br />
Que era o meu coração<br />
Entreguei-a ao teu cuidado<br />
Num momento de embriaguez<br />
Agora não posso pedi-la outra vez<br />
Perdeu-se na rebentação<br />
Há que aceitar<br />
Atravessa o deserto<br />
No fundo do mar<br />
Um dia talvez<br />
Como garrafa a boiar<br />
Aos meus pés na praia<br />
Venha parar<br />
E no fim da viagem<br />
Voltará para o meu peito<br />
Para bater por mim<br />
Pois para isso foi feitothelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-91406279771464560682015-06-30T16:07:00.001+01:002015-07-01T18:14:43.884+01:00OlharDe cabeça para baixo<br />
De dentro para fora<br />
Da água para o fogo<br />
Da brisa para o vento<br />
Eu a olhar<br />
Da esquiva para a roda<br />
Da areia para a onda<br />
Do pé para a rebentação<br />
Do que há para a revolução<br />
Eu a olhar<br />
Da criança para a outra<br />
Da batida para a voz<br />
Do lábio para o sorriso<br />
Daqui para outro mar<br />
Eu a olhar<br />
Sorrir<br />
E deixar escaparthelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-60607127377837200212015-06-10T21:43:00.001+01:002015-06-10T21:43:27.441+01:00Seja eu (a) tua terra<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-OnhD2GoK4KA/VXifqa88MdI/AAAAAAAAAD8/QhNGEGJEdhA/s1600/014.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" height="300" src="http://2.bp.blogspot.com/-OnhD2GoK4KA/VXifqa88MdI/AAAAAAAAAD8/QhNGEGJEdhA/s400/014.JPG" width="400" /></a></div>
Portugal. <br />
<br />thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-60834014881399281772015-04-22T22:44:00.000+01:002015-04-22T22:44:05.265+01:00EnxertosAviões que aterram em arbustos<br />
Guindastes que pendem do céu<br />
Ramos que brotam de candeeiros<br />
Pombos que nascem de telhados<br />
Colegiais que despontam de uniformes<br />
Amantes que crescem da relva<br />
Solitários que emergem de bancos<br />
de jardim<br />
<br />thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-1036341297034846042015-04-08T21:18:00.000+01:002015-04-08T21:40:55.829+01:00Postcards from whereEle tinha na parede uma foto de uma largada de toiros em Vila Franca. Eu coloquei na minha a imagem de um lago termal em Grindavik. Hoje, catorze anos depois, dei-me conta de que os nossos quartos tinham vista para o país do outro.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://i.ytimg.com/vi/X61BVv6pLtw/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/X61BVv6pLtw?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
<br />thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-90176412721733257052015-03-26T21:36:00.000+00:002015-03-26T21:36:49.613+00:00Dos corpos celestesSopra forte lá fora<br />
Não me importa o vento<br />
O meu cabelo não conhece pente<br />
Dentro corre uma brisa curiosa<br />
Ora me embala ou me abandona<br />
O coração despenteadothelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-49270842214597001032015-02-20T00:01:00.000+00:002015-02-20T00:14:21.239+00:00La donna è vulnerabileCuriosa esta coisa dos afectos, das identificações e das sintonias. Há momentos em que tudo parece bater certo, encaixar. Momentos raros, valiosos, encantados.<br />
Como tudo o que é encantado, estes momentos quebram-se com facilidade. As distracções e as insinceridades, que, na música dos GNR conduzem ao choque frontal, conduzem também à quebra pelo desencontro, fatal ou não. Basta distrairmo-nos ou fecharmo-nos um pouco para as peças não encaixarem da mesma forma.<br />
Exigente este balanço de atenção e de abertura, para connosco, para com o outro e para com a vida, sem cair na expectativa e na dependência.<br />
E exigente a resposta à pergunta, lamechas, de quem tem cu. Poderei guardar-me da dor sem me guardar do amor? O Tim diz que não.<br />
<br />
<div class="separator" style="clear: both; text-align: center;">
<iframe allowfullscreen="" class="YOUTUBE-iframe-video" data-thumbnail-src="https://ytimg.googleusercontent.com/vi/MWFkBaTQmZ0/0.jpg" frameborder="0" height="266" src="http://www.youtube.com/embed/MWFkBaTQmZ0?feature=player_embedded" width="320"></iframe></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com1tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-22925311607596987022015-02-03T21:46:00.000+00:002015-02-03T21:46:00.521+00:00Outras maneiras<div class="separator" style="clear: both; text-align: left;">
<a href="http://2.bp.blogspot.com/-JsOqdrpC_ac/VNE_Tn_1a6I/AAAAAAAAADc/NUQn59UnO5k/s1600/DSC05225.JPG" imageanchor="1" style="margin-left: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-JsOqdrpC_ac/VNE_Tn_1a6I/AAAAAAAAADc/NUQn59UnO5k/s1600/DSC05225.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
<br />thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-36566286504646625042015-01-04T23:58:00.004+00:002015-01-05T00:00:14.729+00:00Sim, é sempre num lugar como tuO que se quis.<br />
O que foi e já não é.<br />
A falsa promessa da durabilidade.<br />
A realidade que se impõe.<br />
O sonho perdido.<br />
As ruínas arquitectónicas, por esse país e mundo fora, são metáforas para as da vida, de todos e de cada um, que trazemos dentro.<br />
Eu, que sou míope e tenho na História e nas histórias as minhas disciplinas preferidas, sou, naturalmente, fascinada por elas. Mas ultimamente tenho questionado se devo assumir esse fascínio, ou praticar, antes, o presente, a criação, o futuro, a novidade.<br />
Serão estas posições mutuamente exclusivas? Ou poderão as ruínas ser construtivas? Poderei ter o novo, (para) além do velho?<br />
Ao saltar a barreira imaginária que separa o 2014 do 2015, desejei passar, simbolicamente, da ruína para a edificação. Não deixa de ser curioso que uma casa em construção e uma que soçobrou tenham algo de semelhante.<br />
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Feliz 2015.<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-gJ2UL-GU8bU/VKnEU6USjSI/AAAAAAAAACU/BPjtgtNgtwQ/s1600/DSC05061.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em; text-align: center;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-gJ2UL-GU8bU/VKnEU6USjSI/AAAAAAAAACU/BPjtgtNgtwQ/s1600/DSC05061.JPG" height="300" width="400" /></a><br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gppy8V_-fXU/VKnHgHf8fcI/AAAAAAAAACg/GcFdbxuWnqM/s1600/DSC05099.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-gppy8V_-fXU/VKnHgHf8fcI/AAAAAAAAACg/GcFdbxuWnqM/s1600/DSC05099.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
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<a href="http://2.bp.blogspot.com/-iG6WVnmUM8o/VKnSxPafHNI/AAAAAAAAADM/M9KQwarRhkQ/s1600/DSC05157.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://2.bp.blogspot.com/-iG6WVnmUM8o/VKnSxPafHNI/AAAAAAAAADM/M9KQwarRhkQ/s1600/DSC05157.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
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thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-53328229931336671762014-12-28T00:40:00.000+00:002014-12-28T00:40:20.815+00:00(Re)EncarnaçãoHoje fui passear a um lugar construído a pensar que a vida ía ser de uma maneira. E depois foi de outra. Vi fantasmas do que foi, promessas do que alguém queria que tivesse sido e adaptações mais ou menos bem-sucedidas ao que é (ou ao que se quer que seja).<br />
<br />
Vi paredes que, por acusarem a passagem do tempo, parecem ter parado nele. Sem gente dentro, com gente por dentro. Casas que parecem ter respirado as pessoas.<br />
<br />
Vi o café central que já não fica no meio. O mercado onde já ninguém merca. A Rua dos Lojistas onde não os há.<br />
<br />
Vi santos de azulejo a abençoar a vida que já aconteceu. Placas a alertar para cães que já guardaram. Vivendas com 4 quartos para as famílias que já não (o) são.<br />
<br />
Vi transplantes, cirurgias plásticas e reencarnações. Corpos que perderam as suas almas, almas novas que mataram os velhos corpos e novos corpos que nasceram no seu lugar.<br />
<br />
Casas económicas, com topos de gama à porta.thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-56655443306656808332014-11-01T21:14:00.003+00:002014-11-01T21:14:56.087+00:00Da vidaSentimentos, tão iguais que podiam ser públicos<br />
Em corpos, aparentemente, particulares<br />
<br />
Pecados, tão originais, repetidos<br />
Em linha de montagem, como primeira vez<br />
<br />
Corações, tão estrondosos, em surdina<br />
Sob as caras cujos olhos não os veem<br />
<br />
Mas... estações, passageiras, onde (só) tu sabes estar<br />
Para lá de relógios partidos e horários trocados<br />
<br />
Viagem maior, sem sair do lugar<br />
Por dentro e por fora, sempre a mudar<br />
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<a href="http://3.bp.blogspot.com/-QzHQzrcVuV8/VFVNEr5TgDI/AAAAAAAAACE/h8mVcpk9Kt0/s1600/DSC04969.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://3.bp.blogspot.com/-QzHQzrcVuV8/VFVNEr5TgDI/AAAAAAAAACE/h8mVcpk9Kt0/s1600/DSC04969.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com2tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-77022471513802628242014-11-01T21:01:00.000+00:002014-11-01T21:02:49.391+00:00PerspectivasRio correndo em sólido leito<br />
Céu soprado a tinta-da-china<br />
Harpa tocada com dedos de vento<br />
Tapete bordado a pé de flor, voador<br />
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<a href="http://1.bp.blogspot.com/-gAw4ruEdePU/VFVJZAgvi_I/AAAAAAAAAB4/geNI9MvTTRw/s1600/DSC04971.JPG" imageanchor="1" style="clear: left; float: left; margin-bottom: 1em; margin-right: 1em;"><img border="0" src="http://1.bp.blogspot.com/-gAw4ruEdePU/VFVJZAgvi_I/AAAAAAAAAB4/geNI9MvTTRw/s1600/DSC04971.JPG" height="300" width="400" /></a></div>
thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-48647089878327627212014-09-13T18:53:00.004+01:002014-09-13T18:53:59.710+01:00Meu medo, amorO amor tem metade do medo.<br />
O medo tem metade do amor.<br />
O amor e o medo têm metades um do outro.<br />
<br />
No centro do amor está uma parte do medo.<br />
Nas pontas do medo está o meio do amor.<br />
<br />
O medo é amor partido, separado.<br />
O amor é medo envolvido, integrado.<br />
<br />
O amor integra o medo.<br />
O medo parte o amor.thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-6944449809309222142014-08-28T21:40:00.002+01:002014-08-28T21:40:52.342+01:00Days of open handAbrir mão é tê-la aberta<br />
Oferecer a palma ao mundo<br />
Receber vida ao segundo<br />
Ter caminho por destino<br />
Ser pé, ponte, ser passagem<br />
Deitar no leito da viagem<br />
<br />
É devagar deixar correr<br />
É ser corrente sem prender<br />
Embalada em movimento<br />
Deste fluxo fazer linha<br />
Descobrir a sina minha<br />
Escrita em páginas de carne<br />
<br />
E se outra palma eu encontrar<br />
Que ela possa aqui pousar<br />
E se a ventura disser não<br />
A sardinha pingue no pãothelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-77796589498479370902014-08-11T20:26:00.000+01:002014-08-11T20:28:18.285+01:00Permanecer, na mudançaLi num artigo do José Tolentino Mendonça que "perseverança" é em grego "proskateresis", «um composto de duas palavras: "pros" (que significa "manter-se ainda" ou "ir além") e "karteria" (que significa "constância")». Lembrei-me daquela terra verde, em cascata, à beira-rios. Pequeno paraíso onde me apetece demorar. Lugar que descobri em périplo singular, como é a vida, e por onde caminhei acompanhada, como às vezes acontece nesta. Foi a terra que acolheu Camões, desterrado de Lisboa, por pecados de amor («Erros meus, má fortuna, amor ardente», «qual em nós mais frequente, cada vez mais frequente»). Quem a olha pode pensar que foi sempre assim. Mimosa, amena, acolhedora. Não adivinha que é frequentemente galgada pelo Tejo, que em dias normais a abraça calmamente. Nem que se chamava Punhete.thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0tag:blogger.com,1999:blog-7167333221532325296.post-1690070557862300202013-10-17T22:15:00.000+01:002013-10-17T22:15:33.035+01:00Pequenos prazeresPassar na rua por alguém com um sorriso 33. Ficar com aquela sensação "eu sei que você sabe, que eu sei que você sabe". Embora não saiba o quê. :)thelivingroadhttp://www.blogger.com/profile/13634135413355930872noreply@blogger.com0