Pode ser um sótão, alcatifado a azul.
Pode ser uma varanda, pequena, com uma vista grande.
Podem ser bicicletas, sujas, encostadas ao corrimão.
Podem ser portas, de garagem, feridas por bolas de futebol.
Pode ser um abraço, grande, a oito braços.
Pode ser uma placa, na parede, a desejar o que já foi.
Também pode ser o sopro forte, que despenteia.
A paisagem, a desfilar, nas janelas do carro.
A estrada nacional, que rola, nos pneus.
A música roufenha, que nos envolve, na banda sonora perfeita.
A própria viagem, longa, como lugar de vida.
E o rio, sempre, que corre para o mar.
Pode ser uma varanda, pequena, com uma vista grande.
Podem ser bicicletas, sujas, encostadas ao corrimão.
Podem ser portas, de garagem, feridas por bolas de futebol.
Pode ser um abraço, grande, a oito braços.
Pode ser uma placa, na parede, a desejar o que já foi.
Também pode ser o sopro forte, que despenteia.
A paisagem, a desfilar, nas janelas do carro.
A estrada nacional, que rola, nos pneus.
A música roufenha, que nos envolve, na banda sonora perfeita.
A própria viagem, longa, como lugar de vida.
E o rio, sempre, que corre para o mar.